E F C

Lembro que quando eu era pequena, acordava no meio da noite aos berros achando que alguém queria levar minha alma embora,porque essa era a sensação.Minha mãe chegou a me levar ao médico, e o médico dissera que eu não tinha nada.Já na minha adolescência os sintomas foram aumentando e sentia meu corpo ficar todo dormente, as vozes das pessoas iam ficando longe,e o medo tomava conta de mim. Até que um dia ouvi uma voz que me disse: Não tenha medo eu vou com você, e eu senti tanta segurança naquela voz que me permiti, ser levada.Meu corpo foi ficando dormente e uma sensação de leveza foi tomando conta de mim. Me vi então de frente para uma parede no meu quarto, e parei. A voz me disse, pode passar, não vai doer, e eu atravessei a parede, a sensação foi como se uma teia de aranha tivesse passado pelo meu corpo.E quando me dei conta, estava numa rua, as pessoas passavam por mim mas não me viam, era interessante. Quando voltei para minha cama, estava com uma dor de cabeça fraca e meio tonta.Foi assim a minha primeira  fora do corpo.